mensagem

A pergunta que responderemos hoje, em nossa série Doutor Bíblia Responde, poderá nos levar á fúria dos “evangélicos” de nosso tempo. Nosso leitor, André Rodrigues, nos envia a seguinte questão:

 
“Olá. Gostaria de saber o que são, na verdade, os atos proféticos tão praticados atualmente nas igrejas, e quais as relações (se é que têm relação) com os atos proféticos do Velho Testamento...”.
 
André, vou responder de modo curto e grosso, para depois expandir mais a resposta. Então, que os “evangélicos” segurem o rojão:
 
O que são os atos proféticos praticados em (muitas) igrejas evangélicas hoje? São trabalhos de macumbaria, travestidos com a mensagem do Evangelho, e roupagem cristã judaizante. Ato profético é feitiçaria gospel!
 
Qual a relação de tais atos proféticos com os atos proféticos do Antigo Testamento? Não há qualquer relação, pois no Antigo Testamento não havia atos proféticos, pelo menos, não nas configurações neopentecostais.
 
ANATOMIA DOS ATOS PROFÉTICOS NEOPENTECOSTAIS
 
Boa parte da Igreja Evangélica de nossos dias foi invadida por práticas pagãs, as quais se enraizaram tão fortemente na mente e no coração das pessoas, que estou convencido de que frequentar uma Igreja Romana seria, anos luz, mais saudável. Claro, refiro-me, somente, as Igrejas Evangélicas que seguem tais práticas. Infelizmente, são muitas; talvez, a maioria delas.
 
Em ditas “igrejas”, o pastor virou xamã, revestindo-se da mesma mística, e dos mesmos poderes, que antes eram propriedade dos feiticeiros das casas de macumba. Os crentes, assim como os que buscam os terreiros, transformaram-se numa multidão de adoradores mercenários, a procura de um “cristo talismã”, que lhes desamarre os caminhos.
 
Mas, ainda precisamos relacionar os “atos proféticos” com os trabalhos de macumbaria. Coisa fácil de se fazer. Basta compararmos as duas anatomias. Um trabalho de macumba nada mais é que o homem valendo-se de ritos, e de objetos, a fim de manipular a ação da Divindade (ou das divindades, dependendo do caso).
 
Jostein Gaarder, na obra “O Livro das Religiões” (Cia. Das Letras), nos fornece uma descrição muito valiosa sobre o que seria a “magia”:
 
... o ser humano que se vale de ritos mágicos, ele está tentando coagir as forças e potencias a obedecer à sua ordem – que com frequência consiste em atingir finalidades concretas. Desde que os rituais mágicos sejam realizados corretamente, o mago acredita que os resultados desejados decerto ocorrerão, por uma questão de lógica”.
 
Se você trocar “mago” por “pastor”, “apóstolo”, ou mesmo “levita”, obterá um retrato fiel da espiritualidade 'evangélica' alimentada por muitas pessoas. Atos proféticos, e pontos de contato (como sabonetes, chaves, e rosas ungidas), possuem a mesma utilidade dos ritos e objetos utilizados em rituais de magia.
 
Pode ser que alguém nos imagine exagerando, então, vamos pedir a opinião do 'Paipóstolo' Rene Terra Nova, entusiasta e incentivador de “atos proféticos”:
 
Mas, o que é um ato profético? É uma expressão, uma atitude visível da Igreja que tem uma referência e um respaldo no mundo espiritual. Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra” (Atos proféticos, comando de Deus ou invenção humana?, MIR).
 
Mensagens enviada ao “mundo do espírito”, a fim de que o “pastor” e o “crente” consigam conquistar alguma coisa desejada no “mundo físico”. Ato profético, portanto, é um meio do homem manipular o mundo espiritual, inclusive a ação dos demônios:
 
Se conhecermos a potencialidade da cobertura espiritual, impediremos que o diabo entre em nossas fronteiras, migre pelas brechas ou assalte pelas arestas. Os atos proféticos são uma ferramenta de Deus para impedir que sejamos apanhados de surpresa. Na verdade, é uma chamada de Deus para não permitirmos que o diabo adentre no nosso arraial... A realização desses atos emite mensagem no mundo espiritual, imobilizando a atuação do diabo e desatando a ação da igreja.” (Idem).
 
Em outras palavras, o pastor assumiu o lugar do feiticeiro, especializando-se em manipular as forças espirituais a seu favor. Seu suposto poder é tão grande, que inventou também a Cobertura Espiritual, com o que ameça os rebeldes – os que lhes questiona - de serem amaldiçoados por Deus. Os macumbeiros mais poderosos hoje, estão em cargos de liderança nas ditas Igrejas Evangélicas.
 
E OS ATOS PROFÉTICOS BÍBLICOS?
 
Não há atos proféticos na Bíblia, nem mesmo no Velho Testamento. Vamos recordar a definição do xamã gospel Rene Terranova: “Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra!”. Em que lugar das Escrituras lemos sobre patricarcas, profétas ou apóstolos realizando atos que eram “mensagens enviadas ao reino do espírito”? Em lugar algum!
 
O que esses falsários, sabios analfabetos em exegese, fazem, é sequestrar profecias bíblicas, deturpá-las de seu sentido natural e Evangélico, a fim encaixá-las em seus manuais de feitiçaria. Terranova apresenta sua primeira “prova” de que atos proféticos são bíblicos, valendo-se de Genesis 3.15:
 
Você sabia que em Gênesis 3, quando Adão e Eva se esconderam atrás das folhas de figueira, Deus estava apontando para a cruz?” (Idem).
 
Todo cristão que já foi a Escola Dominical sabe que Genesis 3.15 aponta para a Cruz de Cristo; Terranova não fala qualquer novidade aqui. Mas, que Genesis 3 tem de ato profético? Se um ato profético é uma “mensagem enviada ao mundo do espírito”, onde encontramos tal coisa no texto de Genesis 3, ou em qualquer outro texto inspirado pelo Espírito Santo?
 
O que encontramos em Genesis 3 não é um ato profético, não é um ritual de manipulação do mundo espiritual, mas uma tipologia; ou seja, um evento histórico que simbolizava a Obra de Cristo. Seu objetivo não era manipular o mundo espiritual, como ocorre nos atos proféticos, mas sim ensinar o povo de Israel sobre a realidade que estava por vir: Cristo!
 
Por esse motivo o Novo Testamento chama o Velho de “sombra”, pois é composto de eventos históricos, e da ritualística da Lei, que simbolizavam a realidade futura, feita presente no tempo na pessoa do Cristo: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).
 
De modo que, os simbos do Antigo Testamento não eram atos proféticos que enviavam mensagens ao “mundo do espírito”, mas sim, símbolos que transmitiam mensagens aos homens, visando ensiná-los na Verdade.
 
 
Ainda mais ridícula é a tentativa de identificar atos proféticos no Novo Testamento. Sobre isso Terranova ensina: “A pregação do Evangelho, o batismo nas águas, a ceia do Senhor, a unção com óleo, o dízimo e a oferta são atos proféticos que serão realizados pela igreja, até que o Messias volte”.
 
Ora, desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quando comemos do Corpo e do Sangue de Cristo? Desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quanto somos conduzidos as águas do Batismo? Qual lugar da Escritura ensina tal insanidade? O ensino bíblico sobre a Ceia, por exemplo, é que a mesma consiste em um serviço de adoção a Deus (Liturgia), e uma proclamação publica (feita aos homens!) da mensagem do Evangelho: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha!” (I Cor. 11.26).
 
Ainda que os seres celestes, de fato, nos assistam na trajetória cristã, inclusive em nossos serviços liturgicos (I Cor. 4.9; 11.10); o Culto Público é prestado a Deus, e somente a Ele; transformar o Culto em uma mensagem enviada ao “mundo do espírito”, a fim de manipular forças espirituais, é paganizar a fé cristã! A simbologia liturgica do cristianismo, em boa parte perdida no pós-puritanismo, não nos coloca em contato com o mundo dos espíritos, mas nos ensina sobre a realidade escatológica por vir:
 
“O culto, portanto, é uma assembleia de antecipação escatológica. Vejam que Cristo lhe dá esta dimensão quando diz, na instituição da Santa Ceia, substituta da Páscoa judaica: "Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela (a Páscoa) se cumpra no reino de Deus" (Lc 22.16). Toda vez, pois, que se celebra a Santa Ceia o quadro simbólico do culto sacrificial se repete e uma antevisão escatológica se realiza” (Rev. Onézio Figueiredo, citado em Conta-gotas de sabedoria)
 
O que a simbologia bíblica reflete é uma pedagogia divina, e não um ritual de magia; porém, os xamãs evangélicos querem deturpar até a pedagogia de Cristo. Como todo leitor das Escrituras há de saber, Jesus sempre fez uso de parábolas e ilustrações para transmitir seus ensinamentos; para os feiticeiros evangélicos, o que Jesus fazia era “atos proféticos”. Com a palavra, Rene Terranova:
 
“Jesus utilizou-se de muitas figuras do reino físico para ilustrar mensagens alusivas ao reino do espírito. Quando disse: destruirei esse templo e em três dias o reconstruirei, Ele falava numa linguagem profética (Jo. 2:19). As pessoas ao ouvirem-no olhavam para um templo físico, enquanto o Mestre aludia-se ao espiritual. Eles diziam: como o Senhor fará tal feito em três dias se nossos pais levaram 40 anos construindo esse templo?”.
 
Observem, apesar de sua fixação pelo tal “reino do espírito”, Terranova não é completo ignorante em exegese. De fato, Jesus se valia de elementos do mundo físico para ilustrar verdades espirituais. Até aqui nada a acrescentar. O que destoa o discurso mágico dos neopentecostais, é alegar (ou mesmo insinuar) que as parábolas utilizadas por Jesus eram “atos proféticos”, os quais são “mensagens enviadas ao mundo do espírito”. Uma parábola é o que uma parábola sempre foi: um método didático, que, obviamente, objetiva ensinar aos homens!
 
Quando Jesus quis enviar “mensagem” ao “reino do espírito”, Ele não fez uso de parábolas, nem de quaisquer outra classe de figuras, simplesmente ordenou Sua vontade:
 
“E andava pastando diante deles uma manada de porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos; e Ele lhes disse: Ide!” (Mateus 8.30-32).
 
Se Jesus seguisse o manual neopentecostal dos gedozistas, teria feito um ato profético! Talvez, imagino, tivesse ordenado aos discípulos criar um boneco de porco, a fim de arrebentá-lo a pauladas, com muita autoridade, enviando assim, uma mensagem ao “mundo do espírito”, a fim de liberar o caminho de sua pregação. Ou, se o tempo fosse curto, ordenaria que todos levantassem a barra das saias, e saíssem urinando nas cercas do nefasto chiqueiro, demarcando território; coisa bem apropriada para Aquele que é o Leão (risos).
 
Todavia, o alvo das parábolas, apesar de didático, não era facilitar o entendimento das pessoas, mas sim, forçá-las a meditar mais seriamente nas realidades espirituais nelas inseridas (João 16.29,30). Um outro objetivo das parábolas de Jesus, normalmente negligenciado por pregadores populares, era impedir que os reprobados compreendessem a Mensagem do Evangelho:
 
“Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e vendo, vereis, mas não o percebereis!” (Mateus 13.11, 13-14).
 
Atos proféticos? Não, método didático, assim como as figuras e os rituais do Antigo Testamento.
 
Que são os atos proféticos feitos em muitas igrejas? São trabalhos de feitiçaria, com roupagem cristã e judaizante, cujo objetivo é manipular o reino dos espíritos, enviando-lhes comandos e ordens. Qual a relação com os atos proféticos bíblicos? Não há relação, pois a Bíblia não ensina nada sobre tal prática. Apesar da Bíblia estar repleta de simbologias, o alvo das mesmas, como vimos, é servir ao ensino dos crentes, e não manipular o mundo espiritual.

Restaurando a visão profética da igreja_Parte 1

 

Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias;

(1Tss 5:17-20)

1Tss 5:17

(17) Orai sem cessar.

Isso não pode significar, naturalmente, uma oração constante sem interrupção. Mas pode indicar uma espécie de espírito dedicado, e que se expressa constantemente, um habito de oração.

Também pode estar submetida a uma obra intercessória do Espírito santo.

A oração é uma via de mão dupla, eu consulto ao senhor e ele responde.

Em outras palavras Paulo esta dizendo: “formai o hábito da oração, transformando vossos pensamentos em ações”, se envolvendo com que estamos orando. Estar envolvido com a obra redentora de Deus e seus propósitos.

1Tss 5:18

(18) Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

Devoção e dependência

A vontade de Deus opera dentro da esfera de Cristo, isto é quando estamos associados a Ele, como seus servos. Então a vontade de Deus atua poderosamente em nos.

1Tss5:19

(19) Não apagueis o Espírito.

Esse é um versículo chave. Não poderemos vencer hábitos antigos e arraigados e sermos envolvidos em oração e ação de graças sem o poder do Espírito santo.

Uma vida pecaminosa, ou meramente por negligencia e desinteresse pode apagar

Não podemos apagar a chamas do Espírito santo de nossas vidas.

A vinda e atuação do Espírito Santo estão vinculadas a idéia simbólica do fogo (Mt 3.11; Lc 3.16; At 2.3; II Tim 1.6)... Atiça em chamas o dom de Deus que há em ti... Reacenda e mantém queimando o fogo da dádiva divina que veio sobre ti quando te impus as mãos... (tradução inglesa de Williams).

Não lanceis água fria sobre aqueles que, sob a extraordinária inspiração do Espírito Santo, falam em línguas, revelam mistérios, oram na congregação.

Alguns abusos dos dons espirituais, que podem também exagerado determinadas declarações de Paulo acerca do retorno de Cristo para breve, expressando-se sem bom senso e sem disciplina em sua devoção. Mas apesar dos abusos Paulo recomenda que a igreja não censure o entusiasmo.

Portanto, a ordem que não seja apagado o Espírito, provavelmente envolvia a igreja em geral em seu culto público, como se não se abafassem as manifestação do Espírito nem nas reuniões e nem nas devoções.

Cada um de nós tem a responsabilidade de permitir que o Espírito santo, viva e se expresse por seu intermédio;

Isso requer diligencia, a busca e a vida santa.

1Tss 5:20-21

(20) Não desprezeis as profecias; (21) julgai todas as coisas, retende o que é bom;

Não há que duvidar que Paulo tivesse consciência da imitação dos dons espirituais; apesar disso, não queria que as manifestações genuínas fossem eliminadas, juntamente. Por isso é que proibiu o apagar do Espírito.

È por isso que ele adverte também agora ele adverte especificamente contra uma atitude negativa acerca das profecias. Paulo estar convicto que existem profecias autênticas, que são necessárias nas igrejas locais.

Além disso, a função da profecia deveria ser resguardada e valorizada, que tem como propósito instruir e edificar. (ICo 14.3)

Também interessante notar que Paulo não queria que o ministério de ensino da igreja ficasse reduzido à instrução com base nas escrituras, embora deva ocupar lugar primordial na igreja. Os profetas estão sujeito á inspiração do momento. Mas é evidente que sua atuação se mostra mais eficaz no trato com problemas e situações específicos, como também no caso de exortações em geral.

Graham Cooke em seu livro “desenvolvendo o seu dom profético” comentando sobre o serviço profético na igreja local diz que: não podemos encarar a profecia como uma pregação oportuna da palavra de Deus numa situação particular. Profecia não significa simplesmente ter um insight especial das Escrituras. Obviamente isso faz parte. Ele continua dizendo que as Escrituras pode proporcionar diretrizes gerais sobre uma multidão de coisas relacionadas à nossa vida, relacionamentos, casamentos, empregos, ministério, família e etc. A profecia pode acrescentar detalhe específicos aos princípios gerais.

Vivendo sobre o poder e a influência do Espírito santo

Sentir alegria de Cristo;

Uma vida caracterizada pela oração;

Gratos para com senhor;

Jamais abafarem o espírito e praticando corretamente o dom profético.

 

COMO VENCER AS AMEAÇAS DA VIDA 2 Cronicas 20.1-22



Por muitas ocasiões passamos por algum tipo de ameaça na nossa vida.

Ameaça:

Desemprego;
falencia;
casamento;
noivado;
namoro;
saúde;
projetos falidos,
futuro,

Mas diante de alguma ameaça o que fazer?

Como reagir e dar a volta por cima?

1. Não ficar imobilizado diante da grandeza dos problemas. V.2

2. Não hesite em buscar logo o Senhor. V.3 Lute em oração.

3. Junte-se com o povo de Deus para marchar em direção a vitória. V.4
Amigos de oração. Começar a luta ao lado da igreja. V.5

3. Reconhecer que Deus é muito poderoso. V.6

4. Coloque seus olhos no Senhor. V.12

5. Deus lutará por você. V.17

Conclusão: Nada pode nos desmotivar e nos meter medo se é que esperamos tudo em Deus. Deus é o Deus do impossível mesmo. Ele nos supreende com grandes feitos e o maior destes feitos é a Sua infinita misericórdia. Deus desfaz todas as ameaças contra nós.

 

O SEGREDO DO SUCESSO  

    Se há um homem na Bíblia que ilustra bem o sucesso é Abraão. Sucesso em todas as áreas:

 -  Material:


    O território que ele demarcou é do tamanho do Estado de Sergipe.

Existencial:
 Ele teve uma descendência incontável. Um nome marcado na história e tornou-se patriarca de um povo.

Espiritual:
 Abraão foi chamado por Deus de “amigo de Deus”.

   Em resumo, ele teve uma vida boa, uma vida com significado e viveu de bem com Deus. Isto é sucesso.

Qual era o segredo do sucesso de Abraão?

 1. IR COM CALMA, SEM PRESSA (Gênesis 13.10 a 12)
     Vejam o contraste da calma de Abraão com a precipitação de seu sobrinho Ló: Ló escolheu a terra pelos olhos – a mais bonita, a mais fértil. Envolveu-se gradualmente com a cultura do pecado.
     Abraão, porém, esperou no Senhor.

2.  PEDIR A VISÃO DE DEUS (Gênesis 13.14)

   “O importante não é ser um visionário, mas ter as visões de Deus”.

   A visão do sucesso não é a nossa, mas aquela que Deus tem para nós.

 3. APOSSAR-SE DA PROMESSA PELA FÉ (Gênesis 13.17)
     Abraão pisou na terra prometida pela fé. 
     Pés firmes no chão; olhos voltados para Deus.

   Em Josué, vemos também a mesma atitude – Josué 1.3

 4. ESTAR NO ALTAR DA ORAÇÃO E DA DEVOÇÃO (Gênesis 13.18)
    “Lampejos de fé” sem oração é sinônimo de fracasso.

   O cristão genuíno caminha de joelhos.

   Políticos resolvem problemas em parlamentos; homens de negócio, em restaurantes; corretores, nas esquinas; mas, homens de Deus, resolvem seus problemas no altar de Deus.

 5. ESTAR DISPOSTO A AGIR COM CORAGEM (Gênesis 14.14)
     Abraão perseguiu a vitória, nunca desistindo de lutar por ela.

6. ESTAR DISPOSTO A INVESTIR NO REINO DE DEUS (Gn 14.18-20)
  Um dia, num ônibus que distribui sopa para as pessoas carentes no Rio de Janeiro, um senhor, com aparência muito pobre – sandália de dedo, roupa simples, mãos calejadas de quem trabalhou pesado o dia todo – entrou, tomou a sopa e, tirando uma nota (que para ele significava muito), ofertou ao trabalho. Uma das voluntárias, então, disse: “-Não, o senhor não precisa pagar a sopa. É de graça”. Mas o homem respondeu: “-Eu não estou pagando. Estou contribuindo para este trabalho. Assim como vocês, estou investindo em  como eu”.

    O Reino de Deus é tão maravilhoso, que qualquer um pode ajudar de alguma maneira.

Conclusão

  Como cristão, eu e você devemos seguir os princípios bíblicos para alcançar o sucesso.

  Siga os princípios de Deus, manifestados na vida de Abraão e... SUCESSO, MEU IRMÃO!!!

AS QUATRO LUZES PARA UMA DECISÃO

Antes de qualquer outra coisa, lembre-se:

Não se deve tomar uma decisão quando se está:
a) Profundamente desapontado.
b) Fisicamente exausto.
c) Irado.
d) Muito abatido e deprimido.
e) Com perspectiva de derrota.

 
Nestas circunstâncias é melhor dizer:
“-Ainda não tenho uma decisão. Preciso de mais tempo.”

01) Primeira luz:  Oração
      Leia Mateus 7.7-8 e Filipenses 4.7
      Orar é falar com Deus, intimamente.
      Na intimidade com Deus, o coração encontra paz nas tomadas de decisão.

 02) Segunda luz:  As circunstâncias
       Todas elas devem ser analisadas com profundidade. Todos os prós e os contras devem ser levados em consideração. Não despreze nenhum fator.

 03) Terceira luz:  Os conselheiros.
       Provérbios 11.14 e 15.22.
       Não o conselho de uma pessoa qualquer, mas de cristãos experientes e, de preferência, de pessoas que pensam diferente de você.

 04) Quarta luz: As promessas de Deus para sua vida
       Peça a Deus um texto bíblico que o oriente nesta decisão.
       Se o texto lhe disser "não", que seja não!
       Se o texto for uma promessa de Deus para sua vida, firme-se nesta Palavra, pois:

      A paz pode sair do coração.
      As circunstâncias podem mudar.
      Os conselheiros podem mudar.
      Mas, a Palavra de Deus jamais mudará.

Com as 4  luzes verdes, siga em frente, com fé.

FOGE COM TEU FILHO

    Quase todo mundo conhece a história do nascimento de Jesus; que não havia lugar para José e Maria nas hospedarias, que Jesus nasceu numa manjedoura, que os anjos anunciaram seu nascimento aos pastores que viviam nos campos e que Jesus recebeu presentes dos viajantes.

    Há, porém, uma parte desta história que, apesar de impressionante, é muito pouco conhecida: a fuga deles para o Egito. Como é que eles conseguiram escapar das mãos do Rei Herodes?

    Para você entender a profundidade e as implicações deste fato, imagine que você mora num país dirigido por um ditador com poder de vida e morte sobre a população. Imagine, também, que, com a ajuda do governador do seu estado, do prefeito da sua cidade, do exército, da polícia e do serviço de inteligência, este ditador estivesse procurando os seus filhos para os matar, quais as chances deles escaparem com vida?

    Era mais ou menos esta a situação da família de Jesus, mas, milagrosamente, eles conseguiram escapar. Por isso, esta história merece a nossa atenção, pois contém lições vitais para as famílias, especialmente para os pais que estão preocupados com a vida e o futuro de seus filhos.

    “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.

    Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém; então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito...
   
    Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.
   
    Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde esta o menino. E, vendo, eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e; abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.
   
    Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.

    Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.

    Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito; e lá ficou até a morte de Herodes...

    Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Rama, pranto, choro e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável, porque não mais existem”.

    Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel.  Mt 2.1-21

    Quem era este Herodes, rei terrível? Como se tornou rei dos judeus? O que a história nos conta sobre este homem? Bem, Herodes não era exatamente um rei, mas, sim, um procurador romano (com poderes de um rei).

    Foi nomeado Procurador da Judéia em 47 a.C. Nesta época, a nação de Israel estava debaixo do poderio do Império Romano e era costume dos romanos nomear como Procurador alguém do próprio local
(desde de que atendesse aos interesses do império romano, é claro).

    Mas, apesar de ter cidadania judaica, Herodes não era judeu; ele era edomita, descendente de Edom, um povo que havia sido derrotado e levado à força ao judaísmo por um general judeu, João Hircano, em 130 a.C.

    Aproveitando-se dos plenos poderes que Roma lhe concedeu, Herodes resolveu vingar a derrota sofrida pelo seu povo 83 anos antes. E sua vingança foi macabra. Para poder aproximar-se da família de João Hircano, Herodes casou-se com uma das suas descendentes e foi assassinando seus parentes, um por um. Por fim, matou a própria esposa e os filhos que teve com ela, extinguindo da face da Terra aquela importante família de heróis do povo judeu.

    Mas, sua loucura não se limitou ao sangue de seus inimigos; mandou matar Antípatre, seu filho com outra esposa, para que ele não dividisse o reino com seu irmão. Matou, ainda, dezenas de outras pessoas. E providenciou para que, após a sua morte, todos os nobres da corte do rei fossem assassinados de uma só vez, para que “não houvesse falta de lágrimas” por ocasião do seu enterro. Era um homem sanguinário, insano e obcecado pelo poder e por vingança.

    Ao saberem que este lunático queria matar o menino Jesus, José e Maria não perderam um só minuto. Fugiram para longe, para o Egito, para salvar suas próprias vidas e a vida de seu filho. Mas, a pergunta que eu fiz no início ainda precisa de respostas: “Como é que esta família pobre, com um recém-nascido nos braços, conseguiu escapar da fúria de um rei inescrupuloso como Herodes?”.

   Esta história tem muitas lições para nós, pais, pois nossos filhos também estão correndo perigo, se não tão grandes, muito parecidos em alguns aspectos com os perigos enfrentados por José e Maria.

   Sem medo de errar, podemos traçar um verdadeiro paralelo entre os perigos que Herodes representava para o menino Jesus e o próprio Satanás.

    A Bíblia descreve o diabo como “o príncipe deste mundo”; um assassino, aquele que “... anda ao redor como leão que ruge, buscando a quem possa tragar”; aquele que veio somente para “matar, roubar e destruir”. Ele já matou e muita gente, e ainda matará.

    Valendo-se da inexperiência da juventude e da necessidade natural que eles têm de se integrar a um grupo da sua idade, Satanás está, literalmente, fazendo armadilhas e matando os nossos filhos; eles estão sendo aliciados, alienados, enganados, confundidos, atropelados, acidentados, drogados, estuprados, esfaqueados – todos os dias, centenas morrem. Em porta de bar, bailão, boate, festinha de garagem, briga de rua, briga de gangue, briga de nada, roda de fumo, de álcool, de pó ou de pedra, em discussões e sem discussões, com motivo e sem motivo – todos os dias, centenas morrem.

    Todos os dias, nos noticiários, podemos ver as mães “chorando por seus filhos e inconsoláveis porque não mais existem”.

    Ficamos em casa com “o coração na mão”, quando eles saem à noite ou quando, mesmo de dia, demoram a voltar para casa.

    Mas, a boa notícia que esta história nos traz, é que os pais não precisam ficar passivos nesta história, apenas torcendo ou rezando para que eles voltem são e salvos.

    É possível interferir, interagir, participar, de um jeito certo e seguro. Todas as lições desta história incrível podem ser resumidas numa única frase, curta e grossa. A mesma frase que o anjo falou para José em sonho:

FOGE COM TEU FILHO!

    Mas, o que significa isso? Significa que não podemos afastar nossos filhos da sociedade, não podemos colocá-los numa redoma de vidro, não podemos escondê-los para sempre debaixo das nossas asas, mas, podemos mantê-los afastados das armadilhas que Satanás já preparou para eles.

    Como? Do mesmo jeito que fizeram José e Maria. Preste atenção nos detalhes desta história:

1. JOSÉ E MARIA ESTAVAM LIGADOS EM DEUS
-   Maria viu o anjo de Deus e conversou com ele.
-   José recebeu preciosas instruções do anjo de Deus, enquanto dormia.

    Certa vez fui ao enterro de uma jovem, esfaqueada numa festinha de garagem. Fiquei muito impressionado com tudo, mas, o que mais me choca ainda hoje é quando me lembro do lamento e do remorso de sua mãe, que, chorando, repetia várias vezes: “Meus Deus, que arrependimento... alguma coisa estava me avisando para não deixá-la sair ontem”.

Pais, se liguem em Deus. “Coisa” não fala, não avisa. Quem avisa, é Deus. Quem fala, é Deus. Quem alerta dos perigos que nossos filhos estão correndo, é Deus. É Deus, que ama nossos filhos tanto quanto nós.

Da próxima vez que “alguma coisa” estiver alertando-os, parem, ajoelhem-se, peçam instrução a Deus e, nem que tenham que arrumar uma briga com seus filhos, expliquem para eles o quê vocês estão sentindo e não permitam que saiam para aquele encontro, passeio ou festa.
    FOGE COM TEU FILHO!


2. JOSÉ E MARIA ESTAVAM LIGADOS UM AO OUTRO

    Havia uma cumplicidade entre eles. Esta cumplicidade aparece desde o anúncio da gravidez de Maria, e fica em relevo quando foi para fugir para o Egito. Já que tinham algo a fazer, fizeram juntos, sem reservas, sem adiamentos, sem ‘mas’ nem ‘porém’, sem opiniões divididas.

   Nossos filhos ficam confusos que há duas vozes de comando dentro de casa. Um diz ‘sim’, o outro diz ‘não’. Eles até se aproveitam desta fraqueza do casal, jogam um contra o outro e os manipula para conseguir o que querem.

   Pais, sejam mais que marido e mulher. Sejam cúmplices. Formem um time, uma equipe, um exército de dois. Caminhem juntos. Seus filhos se sentirão muito mais seguros percebendo que há união e unidade no casal e não ficarão tentados a manipulá-los. Quando houver um ‘não’, que seja do casal; quando houver um ‘sim’, a mesma coisa.
    FOGE COM TEU FILHO!


3. JOSÉ E MARIA ESTAVAM LIGADOS AO FILHO

   Deus lhes deu aquela criança para que cuidassem dela até que ela estivesse em condições de enfrentar a vida sozinho. Anos mais tarde, Jesus enfrentou o próprio diabo – e o venceu na tentação do deserto. Antes de sua morte na cruz, enfrentou sozinho Pilatos e o neto de Herodes.

   Criá-los é tarefa difícil, mas temos que ser responsáveis por nossos filhos até que eles crescem, em todos os sentidos. Mesmo que algum deles te diga: “-Eu não sou mais criança”, ele ainda é uma criança e não sabe se defender sozinho. Nem Jesus, o próprio Filho de Deus, sabia se defender sozinho enquanto ainda era uma criança.

  
Nossos filhos são a missão que Deus nos deu na face da Terra. Se os perdemos, além do sofrimento insuportável, teremos que carregar o peso da derrota, pois teremos falhado como pais.

   Liguem-se aos seus filhos. Conversem com eles. Ensine-os a enxergar os perigos da vida. Ensine truques a eles, para escapar das armadilhas de Satanás, coisas práticas como, por exemplo: “-Filho, se teu amigo quiser dirigir depois de ter ingerido bebida alcoólica, não entre no carro. Telefone para mim, que eu vou te buscar. Seja a hora que for”. Perca uma hora de sono, mas não perca seu filho num acidente estúpido.


    Acima de tudo, porém, ensine-os a depender de Deus. Ensine-os a orar, a pedir a proteção divina. Ensine-os que não é vergonha ter fé, mesmo que seus amigos pensem ao contrário.

    A maior herança que os pais podem deixar para os filhos é a educação. Eduque seus filhos para a vida profissional, mas, por favor, eduque-os ainda mais para a vida espiritual.
    FOGE COM TEU FILHO!


4. JOSÉ E MARIA ERAM REALISTAS

   Eles não tinham dúvida alguma de que Herodes iria matar Jesus, se colocasse suas mãos nele.

    Muitos casais perderam seus filhos porque não se deram conta que a desgraça pode acontecer em qualquer casa, em qualquer família. Parece que para eles as coisas ruins só podiam acontecer com o filho do vizinho, nunca com os seus filhos, até que um dia...

   Pais, acordem! Neste exato momento há um traficante tentando viciar seu filho, e ele não está longe. Talvez esteja lá naquela esquina onde seu filho fica até tarde da noite, ou dentro da escola, na sala de aula ou até mesmo dentro de casa, pela Internet.

    Neste exato momento alguém pode estar induzindo seu filho a beber, fumar, cheirar, ‘picar’, ‘transar’, prostituir, roubar, mentir. E, este alguém nem sempre é um estranho. Pesquisas confirmam que a maioria das meninas que sofreram violência sexual na infância foram estupradas por pessoas de confiança da família, incluindo parentes.

   O diabo é cheio de truques e tem muitos auxiliares que, em troca de um punhado de moedas ou de um minuto de prazer, irá trair sua confiança e destruir sua família.

   Não precisam se transformar em pais neuróticos, mas, sejam realistas!  Procurem antever o perigo real de cada situação. Não existe mais ‘festinha inocente’. O mal se espalhou. Você não pode manter seus filhos numa redoma, mas pode – e deve – ensiná-los a ver o perigo para se proteger.

   FOGE COM TEU FILHO!


5. JOSÉ E MARIA ERAM OBEDIENTES À VOZ DE DEUS
   - Deus disse: “Foge para o Egito”. Eles obedeceram.
  - Depois, Deus disse: “Agora voltem, mas, evitem passar pela Judéia e vão morar em Nazaré”. Eles obedeceram, novamente.

   Alguns pais estão ligados em Deus e já aprenderam a ouvir sua voz, mas não obedecem. Deus dá uma ordem, mas, eles fazem diferente.

    Deixam-se levar pelos pedidos ou pelas reclamações de seus filhos ou ficam preocupados com a opinião dos outros e fazem tudo errado: cedem quando deveriam ser firmes ou proíbem quando deveriam permitir.

   Se quisermos salvar nossos filhos temos que aprender que às vezes é preciso “fugir para o Egito”, mas, noutras vezes, é preciso voltar e enfrentar a vida de frente.

    Nossos filhos são como nós, aprendem com seus próprios erros. Se eles não enfrentarem certas situações, jamais irão crescer, jamais serão responsáveis e maduros.

    Tem pais que adotam um padrão. Uns sempre dizem ‘sim’ aos filhos; outros sempre dizem ‘não’. Isto não é inteligente. Não existe uma resposta pronta para todas as situações da vida. Mas, como saber quando dizer ‘não’ e quando dizer ‘sim’? Peçam orientação a Deus e obedeçam à Sua voz.

    Às vezes uma "Retirada Estratégica" é melhor; noutras vezes, "O ataque é a melhor defesa".
  
FOGE COM TEU FILHO!


6. JOSÉ E MARIA DEPENDIAM DE DEUS
    Mesmo que você converse muito com seus filhos. Mesmo que eles tenham aprendido tudo o que você sempre lhes ensinou. Mesmo que você os tenha preparado para as mais diversas armadilhas que o diabo já colocou no caminho deles, sempre haverá um truque novo, um golpe que ainda não foi aplicado, uma conversa ‘fiada’ que eles não conseguirão discernir, uma sedução irresistível, uma situação que você não imaginou e que, devido a inexperiência deles, os deixarão em dificuldade.

   Conheci excelentes casais que preparam seus filhos do melhor jeito que sabiam, mas, ainda assim, infelizmente, vieram a perdê-los. Não foi culpa deles. Como eu disse, o diabo tem muitos truques; a maioria destes truques são tão antigos quanto a raça humana, mas, alguns, são novos. E muitos caem.

   Por isso eu recomendo aos pais: não confiem apenas no que vocês ‘passaram’ para seus filhos. Mantenham sua própria vida espiritual em ordem. Confiem em Deus. Depositem seus filhos aos pés de Jesus.

    Orem por seus filhos; orem pelos amigos de seus filhos; orem por seus relacionamentos amorosos; orem pelos lugares que eles freqüentam; orem pelos filhos dos outros que lá estão também; orem, inclusive, pelos inimigos dos seus filhos.

    Depois, deitem e durmam em paz, na dependência de Deus. Uma vez que vocês os tenham colocado nas mãos de Deus, creia de todo o coração que o Pai está no comando.
  
FOGE COM TEU FILHO!


Conclusão
   Como José e Maria conseguiram salvar seu filho das mãos de Herodes, este terrível rei?
   - Eles estavam ligados em Deus.
   - Eles estavam ligados um ao outro.
   - Eles estavam ligados ao filho.
   - Eles eram realistas.
   - Eles eram obedientes à voz de Deus.
   - Eles dependiam de Deus.

    Façamos o mesmo!
    Venha, vamos pedir sabedoria e disposição a Deus. Vamos pedir que Ele nos ensine quando devemos "Fugir com nossos filhos" e quando devemos enfrentar as situações que a vida nos impõe.

    Deus seja louvado!
   

FILHO É FLECHA
"Como flechas na mão do guerreiro,
assim são os filhos..".

Salmo 127.4

        

    A alegria dos pais é ver os filhos vencendo na vida!
    Por outro lado, não há tristeza maior que vê-los derrotados. Mas, como evitar isso?

    A Bíblia dá aos pais algumas dicas excelentes no Salmo 127.4, ao dizer que os filhos são como flechas na mão do guerreiro.

    Esta comparação é muito rica em significado. Por exemplo:
    a) Quem já tentou arremessar uma flecha sabe que não é nada fácil atingir o alvo. O mesmo se dá com nossos filhos: não é nada fácil fazê-los atingir o alvo da vida.

    b) A lógica da flecha é ir mais longe que o arqueiro. Isto também é verdade em relação aos nossos filhos: queremos que eles vão mais longe que nós (pais que não tiveram a oportunidade de estudar fazem questão que seus filhos cursem uma faculdade; casais que pagaram aluguel a vida inteira lutam para que seus filhos tenham casa própria; e assim por diante).

    Mas, para que a flecha acerte o alvo, algumas condições precisam ser satisfeitas:

 

1. AS FLECHAS TÊM QUE ESTAR NA MÃO DO GUERREIRO

Esta é uma das verdades mais impressionantes deste verso bíblico: O sucesso dos nossos filhos está em nossas mãos. Depende muito mais de nós do que deles.

    Às vezes, alguns casais dizem que criaram os seus filhos todos da mesma maneira, mas, inexplicavelmente, uns saíram-se melhor que os outros. Não é verdade! Primeiro, ninguém consegue criar dois filhos da mesma maneira, pois, cada filho é diferente. Segundo, tentar criá-los da mesma maneira é um erro, pois, assim como um guerreiro percebe as diferenças entre uma flecha e outra (e leva isto em consideração na hora de lançá-las), precisamos “decifrar” os nossos filhos e tratar cada um deles de forma diferenciada, personalizada. Isto não é discriminação (no sentido pejorativo da palavra), mas amor – que leva em conta a individualidade.

    Eles estão em nossas mãos e em nossas mãos devem de fato estar. Não os abandonemos à própria sorte.

    Façamos a oração de Neemias: “Ó Deus, fortalece as minhas mãos”.

 

 2. É NECESSÁRIO QUE HAJA UM ALVO BEM DEFINIDO À FRENTE

     Pode parecer uma tolice dizer isto, mas a verdade é que:
     a) Muitas famílias não têm alvo algum à sua frente
         As famílias vão “tocando a vida” numa rotina interminável, “sem sal, nem açúcar”. Os pais não conversam com os filhos. Não há sonhos compartilhados. Não há projetos familiares. Não há desafios individuais.

     b) Em muitas famílias os alvos escolhidos não são adequados.
           - Pais projetando nos filhos aquilo que eles mesmos não puderam ou não quiseram fazer (“Eu não pude estudar, mas meu filho vai ser doutor”).
          - Pais passando para os filhos alvos de vida orientados pelo materialismo, egoísmo, exibicionismo, etc.

 

    Não é de se estranhar que com o passar do tempo muitos jovens perdem a motivação para estudar, ter disciplina, trabalhar, etc.

    Quais alvos de vida que você tem colocado à frente dos seus filhos? - O quê os seus filhos vão ser quando crescer? Qual é a vocação natural deles?

    É claro que os testes de vocação podem nos ajudar a encaminhá-los, mas, a bem da verdade, quem mais conhece os filhos que os próprios pais? Quem melhor para ajudá-los a perceber seus dons naturais?

    Ajudemos os nossos filhos a ter um alvo de vida. Um alvo nobre, digno, que leve em conta as suas forças e fraquezas, mas, acima de tudo, um alvo que os leve a Deus, pois, não há felicidade nem futuro algum sem um relacionamento pessoal e verdadeiro com Jesus Cristo.

    Desejemos a eles que sejam felizes, prósperos, maduros, úteis, mas, acima de tudo, que sejam homens e mulheres de Deus.

 

3. O ARQUEIRO PRECISA TER BRAÇO FORTE

    Para que uma flecha atinja seu alvo é necessário que o arqueiro tenha braço forte.

    Isto também se aplica aos nossos filhos; para que eles atinjam o alvo da vida, os pais precisam ser figuras fortes, marcantes. Precisam exercer autoridade. Estabelecer limites e impor regras. Desde o começo.

    Você pode até pensar que eles vão te odiar por isto, mas não se engane, no fundo eles sabem que as regras e os limites são importantes, pois transmitem-lhes segurança e os ensina a conduzir a própria vida. São como as faixas de trânsito no asfalto, que limitam a movimentação dos veículos, mas faz com que todos trafeguem em segurança.

    No entanto, nossos filhos são seres dotados de lógica; não basta baixar normas e impor limites como ditadores; é preciso explicar-lhes o porquê. Uma vez que tenham entendido, será mais fácil para eles obedecer.

    Porém, se, apesar do diálogo, os filhos insistem em serem rebeldes, os pais devem lhes impor castigos. Pode ser algum castigo físico (como algumas palmadas na bunda, por exemplo) ou pode ser, como se diz, “deixar de castigo”.

    Mas, atenção: Jamais espanque ou agrida seu filho – física ou verbalmente.

    Eles jamais ficarão magoados com um castigo justo, merecido e bem aplicado. Por outro lado, carregarão na alma – para sempre – a dor da injustiça e da humilhação imposta-lhes por seus pais.

 

4. O ARQUEIRO PRECISA SER HABILIDOSO

    Não basta ter força. É preciso também ter habilidade. Uma flecha lançada com força, mas sem habilidade pode atingir qualquer coisa, inclusive o coração do próprio arqueiro.

    Veja algumas habilidades desejáveis nos pais:

    a) Saber a hora de dizer “Sim” e saber a hora de dizer “Não”
        É preciso saber dizer “não” – impor limites – mas, também é preciso saber ceder. É preciso dar-lhes espaço para crescer, tomar suas próprias decisões (mesmo sabendo que certas decisões não serão boas para eles).

        O fato é que eles precisam aprender, inclusive por meio de seus próprios erros. Saber a hora de dizer “sim” é tão importante quanto ser forte para dizer “não”.

        Todo bom general sabe quando é hora de atacar e quando é hora de recuar.

        A retirada estratégica é tão preciosa quanto um ataque bem planejado.

    b) Tratar seu filho com respeito
         Respeite-o como ser humano, único, digno.
         A criança tratada com respeito aprende a respeitar os outros.

         Respeite suas etapas de crescimento, com seus conflitos e necessidades. Até mesmo as formas de motivar e corrigir mudam com o tempo. Por exemplo, um adolescente de 15 anos não se motiva do mesmo jeito que uma criança de 5. O mesmo se dá com o castigo: uma palmada na bunda aos 5 anos pode resolver muitas coisas, mas, aos 15 anos este tipo de castigo é inadequado.

     c) Ser coerente
         Ninguém gosta quando as “regras do jogo” são mudadas a cada instante, não é mesmo? Você gostaria de trabalhar com um chefe assim?

         Agora imagine como deve ser para os filhos quando os pais mudam ou esquecem as regras que eles mesmos criaram?

         Isso os deixa irritados e confusos! Lembre-se que a Bíblia nos alerta sobre isso: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” – Colossenses 3.5.

     d) Preparar os filhos para a vida
         Muitos pais ficam magoados quando os filhos começam a dar seus primeiros “vôos” sozinhos. Não fique assim!

         Tal qual uma flecha depois de lançada, nossos filhos um dia irão embora e terão que se virar sozinhos. Encoraje-os a se tornarem independentes e prepare-os para este dia, treinando-os em pequenas, mas importantes tarefas do dia-a-dia, como, por exemplo, cozinhar, lavar suas próprias roupas, trabalhar, etc.

     e) Amá-los incondicionalmente
        Muitos filhos têm medo até de tentar devido ao medo de fracassar, pois pensam que seus pais não irão amá-los do mesmo jeito se fracassarem.

        Afaste este fantasma da cabeça de seus filhos. Demonstre-lhes seu amor, afeto, carinho permanentemente. Beije-os, honre-os, abrace-os, mime-os. Amor não tem contra indicação. Carinho não estraga ninguém. Afeto não gera desafeto.

        A certeza deste amor incondicional irá ajudá-los a crescer e a vencer.

 

 

5. A FLECHA PRECISA SER RETA

    Nossos filhos também precisam de retidão de caráter, ética, moral.

    Ultimamente tem-se falado muito em ética empresarial. Mas, não é deste tipo de ética que eu quero falar, pois a ética empresarial está preocupada tão-somente em oferecer ao cliente uma mercadoria ou serviço de qualidade – visando aumentar seus lucros – independentemente se há ou não ética na sua relação com o meio ambiente, fornecedores, concorrentes e funcionários.

    Quero falar de uma ética mais profunda. Intrínseca. Própria do ser. Daquele tipo de caráter que jamais permitirá, por exemplo, lesar o próximo ou trair o cônjuge, quer esteja sendo observado ou não.

    Este tipo de caráter não acontece por acaso. Aprende-se com os pais e com os ensinamentos bíblicos.

    a) A influência dos pais:
        - Através do diálogo
        O diálogo permanente com os filhos – desde a mais tenra infância – é essencial para eles. Envolva-se com seus filhos. Conheça seus amigos. Os lugares que eles freqüentam. As ideologias das suas “tribos”. O que eles estão lendo, vendo e ouvindo. Converse com eles sobre drogas, álcool, gravidez, AIDS, violência no trânsito, violência em festas, envolvimento em crimes, amizades de risco, etc. Mas, por favor, não converse com seus filhos somente temas pesados. Converse também, futilidades. Coisas como música, futebol, notícias do dia, o próprio dia (se está bonito ou não), etc. Como você faz com seus amigos. Dê a sua opinião; ouça e valorize a opinião deles. Ajude-os a “interpretar” o mundo.

        - Através dos exemplos do dia a dia
        Seus filhos estão de olho em você. Você é o seu primeiro, maior e principal referencial deles. “O que você faz fala mais alto do que aquilo que você diz” (autor desconhecido).

        Por exemplo, um pai que põe o filho ao telefone e o manda dizer que não está em casa, não conseguirá jamais convencê-lo que mentir é errado.

    b) Os ensinamentos bíblicos
        Ao contrário da ética e moral humana – que são filosóficas ou puramente pragmáticas – a ética e moral divina são REVELADAS.

       Os princípios éticos e morais bíblicos são universais (aplicam-se a todos os homens, de todas as épocas e lugares) e são eternos, isto é, valiam no passado, valem hoje e continuarão a valer amanhã. Por exemplo, assassinar outro ser humano sempre foi errado e continuará a sê-lo em todos tempos, lugares e culturas.

       Independentemente de sua religião, ensine para seus filhos a retidão de caráter preconizada na Bíblia. Os ensinamentos bíblicos não mudam – seus filhos jamais ficarão confundidos quando ao que é certo e errado, ou quanto ao que devem ou não fazer.

       Além disso, abra seu coração e convide Jesus para entrar em sua vida e em sua casa. Quando o Espírito Santo de Deus age no coração humano, ele transforma a pessoa literalmente. A ética e a moral reveladas por Deus na Bíblia incorporam-se na alma do cristão.

 

6. A GRAÇA DE DEUS PRECISA SER UMA REALIDADE FAMILIAR

    Ensine seus filhos a dependerem de Deus e da Sua graça.

    Mesmo quando o arqueiro é forte e habilidoso, a flecha é reta e o alvo à frente é bem definido, ainda assim não há garantias de que a flecha irá atingir o alvo, pois no meio do caminho pode surgir um obstáculo ou um vento pode desviar a flecha.

    O mesmo pode acontecer com nossos filhos: obstáculos podem aparecer no meio do caminho (influência negativa de amigos, vícios, prostituição, etc.) ou ventos contrários podem desviá-los do alvo (fatalidades, doenças, pobreza, desemprego, etc.).

    Não podemos contar com a sorte, no que diz respeito aos de nossos filhos, pois a sorte pode falhar. Temos que contar com a graça de Deus, pois DEUS NUNCA FALHA.

    Precisamos da graça de Deus. Somente Ele pode nos ajudar. Até mesmo quando as demais condições não estão naquele ponto ideal, Ele (e somente Ele) pode nos ajudar.

    Sua graça redime, liberta, restaura, aperfeiçoa. Sua graça nos basta. Quando, enfim, nossos filhos atingirem o alvo, diremos em alta voz: Graças a Deus!

 

FILHOS SÃO FLECHAS:
- As flechas têm que estar na mão do guerreiro.
- É necessário que haja um alvo bem definido à frente.
- O arqueiro precisa ter braço forte.
- O arqueiro precisa ser habilidoso.
- A flecha precisa ser reta.
- A graça de Deus precisa ser uma realidade familiar.

 

Deus seja louvado!

O QUE PRECISAMOS SABER QUANDO ESTIVERMOS ENCURRALADOS?

I – Saber que vale confiar no Senhor.

v. 1 OS que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

Sião é o nome poético de Jerusalém. No monte Sião ficava o templo. Ali era realizada a cerimônia de unção e coroação dos reis e Jerusalém era a capital de onde o Rei governava. Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, inabalável, pois Deus governa a história. Aqueles que confiam no Senhor vencerão até mesmo a morte e desfrutarão de uma vida eterna com Deus.

II – Saber onde Deus está.

v. 2 Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o SENHOR está em volta do seu povo desde agora e para sempre.

Quando estamos encurralados Deus nos deixa sozinhos? Ficamos à mercê dos inimigos? Deus tira férias? Não. Deus está em volta do seu povo protegendo-o. Entre os inimigos e você está Deus em sua volta. O inimigo anda em derredor, mas ao redor está O Senhor. A presença de Deus é constante, desde agora e para sempre. Ele sempre está em volta do seu povo.

III – Saber que a injustiça passará.

v. 3 Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos(…)

O mal não triunfa para sempre contra os justos. O governo do mal terá sua derrocada. O cerco dele e seu governo são temporários. Confie no Senhor. O mal terá o seu fim, e Deus sempre vencerá. Mesmo que seja grande o governo do mal como foi o da Assíria, Deus deu vitória ao seu povo que se arrependeu e confiou nEle.

IV – Saber que podemos suportar a tentação de combater o mal com as armas da maldade.

v.3 (…) para que o justo não estenda as suas mãos para a iniqüidade.

Quando o mal parece triunfar ficamos tentados em usar as armas da maldade para combatê-los. Temos a tendência em pagar na mesma moeda. Porém, o mal não deve ser combatido com o mal. O salmista diz que o governo do mal tem um fim porque se assim não fosse o justo pecaria. Portanto, Deus sempre nos dá o escape para não combatermos o mal com o mal. Este é o ensino do Novo testamento. A vingança pertence a Deus. Deus cuidará dos seus opositores. Você usará as armas espirituais e meios legais, se for o caso, com muita oração, para vencer a oposição. Entre no escape que Deus dá e não combata o mal com o mal. Mesmo Deus dando o escape, não se esqueça que é de sua responsabilidade pessoal não combater o mal com atitudes pecaminosas e vingativas.

V – Saber que temos o recurso da oração para que a justiça seja feita.

vs4 e 5 – Faze bem, ó SENHOR, aos bons e aos que são retos de coração. Quanto àqueles que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o SENHOR com os que praticam a maldade; paz haverá sobre Israel.

No final do salmo observamos a oração do salmista pedindo que a justiça seja feita. A oração é um recurso de extremo valor onde podemos expor as nossas dores e frustrações. A súplica do justo pode muito em seus efeitos. Não deixe de orar. Ezequias orou durante o cerco e também orou na enfermidade, nas duas situações Deus lhes atendeu. Maior ó que está em nós do que aquele que está no mundo.

 

FELIZ ANO NOVO SEGUNDO CAIM OU SETE?

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Os primeiros capítulos de Gênesis relatam a queda da humanidade do estado de perfeição. Criado perfeito, depois do pecado, tornou-se imperfeito e incompleto. Um abismo chamou outro abismo. Depois do pecado de Adão houve o assassinato de Abel por parte de Caim. Parecia que a humanidade incipiente estava destinada ao fracasso, sem perspectiva. Deus teria perdido o controle da história? A violência venceria? O pecado venceria? Quando lemos em Gênesis 4 observamos que Caiu fundou a primeira cidade, e com a descendência dele veio o surgimento da pecuária, da expressão artística musical e de uma rudimentar indústria. Havia progresso em sua descendência, porém um enorme afastamento de Deus. A geração dele maculou os laços familiares com o surgimento da poligamia. Praticava a justiça com as próprias mãos e ainda celebrava os atos de vingança. O progresso deveria ser a qualquer custo? Existia prosperidade real sem a benção de Deus? Será que a humanidade teria como referência a Caim já que Abel estava morto? O mal triunfaria? A reposta é não!

Deus estava e está no controle da história. A humanidade não teria como referência Caim e nem a violência. Deus deu outro filho a Adão – Sete, e diz o texto que nessa época se começou a invocar o nome do Senhor, ou seja, o nome do Senhor foi proclamado. A geração de Caim se caracterizava pela auto-suficiência e a de Sete pela dependência de Deus. Um dos descendentes de Sete foi Enoque, que andou com Deus e por isso Deus o tomou para si. Noé também veio da descendência dele e foi escolhido por Deus para perpetuar a história da humanidade. Os descendentes de Caim morreram no Dilúvio. A descendência de Sete foi preservada. Todos nós somos descendentes de Sete.

Talvez você pergunte o que isto tem haver com o início do novo ano? O que tem haver com os votos de feliz ano novo? Você deseja progresso à custa do afastamento de Deus? Você quer felicidade sem Deus? Você quer o prazer a qualquer custo? Espiritualmente falando você é influenciado pelo legado de Caim ou de Sete? Você depende de Deus ou é independente? Você é prepotente ou confia no poder de Deus para viver?

Não faça nenhum projeto de vida baseado na arrogância, na violência, na injustiça. Seu projeto de vida deve proclamar o nome do Senhor. Deus deve ser exaltado! Seu projeto de vida deve ser andar com Deus (Enoque)! Ter comunhão com Ele! Seu projeto de vida deve ser o de proclamar a Palavra de Deus! Ser pregoeiro da Justiça (Noé)! Pense nisto! Feliz ano novo! Tenha um ano de dependência de Deus (Sete) e não de arrogância e auto-suficiência (Caim).

 

A VISÃO DE DEUS PARA O MEU FUTUROApril 18, 2007

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O Que Deus deseja que você faça com o resto de sua vida?

“Ora, sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Abi, filha de Zacarias.
Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.
Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã. Confiou no Senhor Deus de Israel, de modo que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.
Porque se apegou ao Senhor; não se apartou de o seguir, e guardou os mandamentos que o Senhor ordenara a Moisés. Assim o Senhor era com ele; para onde quer que saísse prosperava. Rebelou-se contra o rei da Assíria, e recusou servi-lo.”2 Reis 18:2-7

“Naqueles dias Ezequias adoeceu e esteve à morte. E veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.
Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor,
e disse: Lembra-te agora, ó Senhor, peço-te, de que modo tenho andado diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e tenho feito o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias amargamente.
Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:
Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.” Is.38:1-5

Perguntas:

.Se Deus olhasse para os últimos 15 anos de sua vida, Ele teria alguma razão para de conceder mais 15 anos de vida?
. Se Deus lhe perguntasse para você uma razão para Ele continuar deixando você vivo, qual seria a sua resposta?
. Você tem certeza absoluta de que sua vida está no Caminho Planejado por Deus para a sua eternidade?

O que Deus quer que eu faça com o resto de minha vida

I _ Deus quer que eu Centralize minha vida ao Redor Dele.

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” Mat. 22:37-38

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Romanos 12:1

“…e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” Fil. 4:7

O que eu preciso fazer? Ter uma vida cristã diariamente centrada em Deus

II – Deus quer que eu Construa relacionamentos com outros crentes

“…não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb.10:25

“De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. ..E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração” Atos 2:41-42,46

! – Creia
2 – Seja Batizado
3 – Junte-se à sua Família Comunitária
4 – Comprometa-se em frequentar os cultos
5 – Conecte-se com a Escola da Bíblia

III – Deus quer que eu Cresça na minha maturidade Espiritual

“Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,” Heb.6:1

“Porque, devendo já ser mestres em razão do tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de alimento sólido” Heb.5:12

Em que área da vida eu preciso crescer? Estabeleça um plano de crescimento

IV – Deus quer que eu Contribua para o Crescimento do Seu Reino

“…servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” I Pe.4:10

“Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” Sal. 116:12

Aonde eu posso contribuir? Aonde eu tenha uma contribuição relevante

V – Deus quer que eu Comunique o Seu Amor

“Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação.De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.” 2 Cor.5:18-20

Como eu faço para as pessoas conhecerem Jesus? Com meus lábios e minha vida

“E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão;” II Cor.6:1

 

 

As visões, os sonhos, e as revelações 

 

 

 

A sagrada Escritura ensina que Yahweh ou Aquele que é, o Eu sou que é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e que é o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, é um Deus que fala ao homem também mediante sonhos, visões e com uma voz audível sem o auxílio de sonhos e visões. A Sagrada Escritura, de facto, no seu interior contém muitos sonhos e muitas visões dados por Deus a muitos na antiguidade, como também muitos casos em que Deus falou fazendo ouvir uma voz. Quando digo na antiguidade refiro-me quer ao período antes da vinda de Cristo (para nos entendermos aquele que começou desde a criação de Adão até ao nascimento de Cristo), quer ao período durante o qual Cristo viveu sobre a terra e àquele após a vinda de Cristo que no que concerne à Escritura chega aproximadamente ao ano 90 quando João em visão viu e ouviu todas aquelas coisas que pôs por escrito no livro do Apocalipse.

Expliquemos agora o que é um sonho e o que é uma visão, e em que consiste uma revelação, e algumas das circunstâncias em que Deus as deu na antiguidade (o período de tempo que vai desde a criação a aproximadamente o ano 90 depois de Cristo).

 

Os sonhos 

 

Um sonho divino é um sonho que Deus dá em algumas circunstâncias ao homem enquanto este dorme. Sendo um sonho só se pode portanto receber enquanto se dorme. Não existem ‘sonhos de olhos abertos’, isto é, enquanto se está acordado. Enquanto se está acordado, como veremos a seguir, se podem receber somente visões; ou, quando Deus quer, pode-se ouvir uma voz divina falar de maneira audível sem porém ver nada, como acontecia frequentemente aos antigos profetas de Deus que ouviam a voz de Deus falar-lhes enquanto estavam plenamente acordados e sem nenhuma visão. Neste caso nos encontramos perante uma revelação. Quero todavia precisar que com base na Escritura uma revelação pode-se receber também em sonho ou em visão.

Voltemos aos sonhos, todo o ser humano sonha quando dorme, e entre os sonhos que tem podem haver alguns que são de Deus, digo que podem haver porque obviamente isso depende de Deus. Isto vale tanto no caso dos crentes como dos incrédulos.

Abrão caiu num profundo sono durante o qual Deus lhe preanunciou que os seus descendentes habitariam como estrangeiros numa terra alheia, e ali seriam escravos por quatrocentos anos, e depois Deus julgaria aquela nação de que seriam escravos e eles partiriam dela com grandes riquezas (cfr. Gen. 15:12-16).

Deus veio de noite num sonho ao rei Abimeleque para dizer-lhe que a mulher que tinha tomado, ou seja, Sara, tinha marido e por isso a devia restituir a Abraão, e que no caso de não a restituir ele morreria com toda a sua casa (cfr. Gen. 20:1-7).

Jacó teve um sonho enquanto ia em direcção a Harã, em que viu uma escada apoiada na terra, cujo topo chegava ao céu, e os anjos de Deus que subiam e desciam pela escada, e depois Deus também lhe falou (cfr. Gen. 28:10-22).

Jacó enquanto servia Labão teve um sonho em que Deus lhe mostrou como tinha visto tudo aquilo que Labão lhe fazia, e lhe ordenou que voltasse para a sua terra natal (cfr. Gen. 31:10-13).

Deus veio num sonho a Labão, enquanto este seguia atrás de Jacó, e disse-lhe que não falasse a Jacó nem bem nem mal. (cfr. Gen. 31:22-25).

José, filho de Jacó, teve sonhos em que Deus lhe preanunciou que os seus irmãos se prostrariam um dia diante dele (cfr. Gen. 37:5-11).

Enquanto José estava na prisão no Egipto, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros que tinham sido postos no cárcere onde José estava preso por terem ofendido Faraó, tiveram ambos na mesma noite um sonho, um sonho cada um, em que Deus lhes preanunciou o que lhes aconteceria dentro de três dias, estes sonhos foram interpretados por José e as coisas aconteceram conforme a sua interpretação (cfr. Gen. 40:1-22).

Faraó, enquanto José estava na prisão, teve dois sonhos em que Deus lhe preanunciou sete anos de abundância e sete anos de fome; também neste caso os sonhos foram interpretados por José que Faraó fez sair da prisão para interpretar estes seus sonhos (cfr. Gen. 41:1-36).

No tempo dos Juízes, mais precisamente no tempo de Gideão, quando este estava para descer contra o arraial de Midiã, Deus lhe disse para descer ao arraial de Midiã e ouvir o que diziam. Ele obedeceu e quando chegou ao arraial ouviu um homem que contava ao seu companheiro um sonho tido na noite em que tinha visto um pão torrado, de cevada rolar sobre o arraial de Midiã, bater na tenda de modo a fazê-la cair, e a virá-la; este pão de cevada, segundo a interpretação dada pelo companheiro, era a espada de Gideão em cujas mãos Deus tinha dado Midiã e todo o arraial. Este sonho foi uma confirmação para Gideão que Deus lhe tinha dado nas mãos o arraial de Midiã e lhe fortaleceu as mãos (cfr. Juízes 7:9-18).

O rei Salomão teve um sonho em que lhe apareceu Deus e lhe disse para pedir-lhe o que quisesse e Salomão lhe pediu um coração sábio (cfr. 1 Re 3:4-15).

Nabucodonosor, rei de Babilónia, teve um sonho em que Deus lhe mostrou os reinos que se sucederiam após o seu (cfr. Dan. 2:1-49), este sonho lhe foi interpretado por Daniel. Ainda este rei teve um sonho em que Deus lhe mostrou o juízo que executaria sobre ele por se ter ensoberbecido em seu coração (cfr. Dan. 4:1-37), também neste caso o sonho foi interpretado por Daniel.

José, o marido de Maria, teve um sonho precisamente quando se preparava para deixar secretamente Maria (porque ela estava grávida), e neste sonho apareceu-lhe um anjo do Senhor que lhe disse para não preocupar-se de tomar por mulher Maria pois o que nela estava gerado era do Espírito Santo (cfr. Mat. 1:18-25).

Os magos vindos do Oriente, após ter encontrado o menino Jesus e tê-lo adorado, receberam um sonho da parte de Deus em que Deus lhes disse para não tornarem a passar por Herodes (cfr. Mat. 2:12).

José teve um outro sonho em que um anjo do Senhor lhe disse para fugir para o Egipto com Maria e o menino Jesus e para permanecer ali até que ele não lhe dissesse para voltar para Israel (cfr. Mat. 2:13-15).

Ainda José, enquanto estava no Egipto, depois que Herodes morreu, recebeu um outro sonho em que um anjo do Senhor ordenou-lhe que voltasse para Israel (cfr. Mat. 2:19-21). E quando voltou a Israel, dado que na Judeia reinava Arquelau em lugar de Herodes, foi divinamente avisado em sonho e foi habitar para a Galileia (cfr. Mat. 2:22-23).

 

As visões 

 

A visão é uma manifestação divina em que subitamente Deus faz ver e por vezes também ouvir coisas. As visões podem ser nocturnas e diurnas, isto é, podem ter-se quer de noite, quer de dia; mais, podem ser recebidas quer de olhos fechados, quer de olhos abertos.

As visões transcritas na Bíblia são muito mais numerosas do que os sonhos; limitar-me-ei a recordar apenas algumas delas.

Abrão recebeu uma visão em que Deus lhe falou e lhe disse que a sua recompensa seria grandíssima (cfr. Gen. 15:1-3).

Moisés teve uma visão em Horebe, em que lhe apareceu o anjo do Senhor que o enviou ao Egipto para libertar o povo de Israel (cfr. Ex. 3:1-22).

O profeta Isaías viu o Senhor dos Exércitos assentado sobre um alto e sublime trono e por cima dele estavam serafins, e Deus lhe falou e o enviou a profetizar ao seu povo (cfr. Is. 6:1-13).

O profeta Ezequiel teve visões celestiais em que viu entre outras coisas os querubins e Deus que estava assentado sobre um trono por cima deles, e nas quais Deus lhe falou e o enviou a profetizar contra o seu povo. Em algumas destas visões Deus lhe mostrou em visão também as obras abomináveis que muitos no meio do seu povo faziam (cfr. Ez. cap. 1-8).

Daniel teve várias visões em que Deus lhe predisse eventos futuros (cfr. Dan. cap. 7,8,9,10).

Pedro, Tiago e João, enquanto se encontravam no monte santo, tiveram uma visão celestial em que viram Moisés e Elias falar com Jesus que tinha sido transfigurado na sua presença, e também ouviram uma voz do céu (cfr. Mat. 17:1-13).

Jesus enquanto estava em oração no Getsêmani teve a visão de um santo anjo que lhe apareceu para confortá-lo (cfr. Lucas 22:43).

Zacarias, o pai de João Baptista, teve uma visão enquanto se encontrava no templo, nesta visão um anjo de Deus lhe preanunciou o nascimento de João (cfr. Lucas 1:5-22).

Maria, enquanto estava desposada com José, teve uma visão em que lhe apareceu o anjo Gabriel que lhe preanunciou que ela daria à luz um filho que seria chamado Filho do Altíssimo (cfr. Lucas 1:26-38).

As mulheres que tinham ido ao sepulcro para ir embalsamar Jesus tiveram uma visão de anjos que lhes disseram que Jesus tinha ressuscitado dentre os mortos (cfr. Mat. 28:1-7; Mar. 16:1-7; Lucas 24:1-12).

Saulo de Tarso, chamado Paulo, enquanto ia para Damasco para prender os santos e levá-los presos para Jerusalém, teve uma visão celestial em que lhe apareceu Jesus Cristo e lhe falou constituindo-o seu ministro (cfr. Actos 9:1-6; 22:6-10; 26:12-19).

Paulo, enquanto se encontrava cego em Damasco, em oração viu em visão um homem de nome Ananias entrar na casa em que ele estava e impor-lhe as mãos para que recuperasse a vista (cfr. Actos 9:10-16). Ainda Paulo, enquanto orava no templo de Jerusalém, foi arrebatado em êxtase e viu Jesus que lhe falou (cfr. Actos 22:17-21). Paulo durante a segunda viagem missionária, enquanto se encontrava em Trôade, de noite teve uma visão em que um homem macedónio suplicava-lhe que passasse à Macedónia e que os socorresse (cfr. Actos 16:9-10). Paulo em Corinto teve de noite uma visão em que o Senhor lhe falou e lhe disse que não temesse mas que falasse e que não ficasse calado porque ninguém lhe poria as mãos em cima para fazer-lhe mal (Actos 18:9-10). Paulo enquanto se encontrava no navio que o estava levando para Roma teve uma visão de um anjo que lhe falou e lhe disse que não devia temer pois Deus lhe tinha dado todos os que estavam com ele (cfr. Actos 27:21-25).

Cornélio, que nesse tempo ainda não estava salvo, um dia enquanto orava viu em visão um anjo do Senhor que lhe disse para mandar chamar Pedro que lhe falaria de coisas pelas quais seria salvo ele e a sua casa (cfr. Actos 10:1-8; 11:13-14).

 

A interpretação dos sonhos e das visões 

 

Existem sonhos e visões dados por Deus que necessitam de ser interpretados para ser compreendidos. Isto é amplamente confirmado pela sagrada Escritura.

Demos alguns exemplos bíblicos de sonhos que tiveram necessidade de ser interpretados na antiguidade. Os sonhos que José teve sobre os seus irmãos e dos quais os próprios irmãos de José perceberam logo o seu significado quando José lhos contou (cfr. Gen. 37:5-10), os sonhos que tiveram o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros a propósito daquilo que lhes aconteceria três dias depois (cfr. Gen. 40:1-23) e que foram interpretados por José; os sonhos que teve Faraó a propósito dos sete anos de abundância e dos sete anos de fome (cfr. Gen. 41:1-32) que foram interpretados por José; o sonho que teve aquele midianita sobre a iminente vitória de Gideão sobre os Midianitas e que o seu companheiro lhe interpretou (cfr. Juízes 7:13-15); o sonho que teve o rei Nabucodonosor a propósito do juízo de Deus que desceria sobre ele (cfr. Dan. 4:1-27) que lhe foi interpretado por Daniel; o sonho que ainda Nabucodonosor teve sobre os reinos vindouros (cfr. Dan. 2:29-45) e que ainda Daniel lhe interpretou.

Agora demos exemplos bíblicos de visões que necessitaram de ser interpretadas. A visão dos dois cestos de figos tida pelo profeta Jeremias (cfr. Jer. 24:1-10) cujo significado lhe foi explicado por Deus; a visão do carneiro e do bode tida pelo profeta Daniel (cfr. Dan. 8:1-25) e que lhe foi explicada pelo anjo Gabriel; a visão do castiçal de ouro e das duas oliveiras tida pelo profeta Zacarias (cfr. Zac. 4:1-14) que lhe foi explicada por um anjo do Senhor; a visão do homem macedónio que invocava ajuda tida por Paulo em Trôade (cfr. Actos 16:9-10) de que Paulo e os seus companheiros receberam o entendimento de Deus tendo por certo que ela significava que Deus queria que eles fossem pregar o Evangelho à Macedónia; e a visão do grande lençol cheio de répteis, de quadrúpedes e de aves de toda a espécie tida por Pedro em Jope em que Deus lhe disse para matar e comer (cfr. Actos 10:9-16) e que Pedro compreendeu pouco depois porque quando chegou a casa de Cornélio que era Gentio disse: "Vós bem sabeis que não é lícito a um Judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem devo chamar comum ou imundo" (Actos 10:28).

Como se pode ver, todos estes sonhos e estas visões foram interpretados, e a sua interpretação resultou veraz.

 

As revelações 

 

Ora, quando Deus dirige a sua palavra a alguém mas não em sonho ou numa visão, mas simplesmente fazendo-lhe ouvir uma voz audível, está-se na presença de uma revelação.

Alguns exemplos bíblicos são aquele do profeta Elias quando, enquanto se encontrava em Horebe, chegou a ele a voz de Deus que lhe disse: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Re 19:13), à qual ele respondeu, e que depois prosseguiu dizendo-lhe que fosse a Damasco para ali ungir Hazael como rei da Síria, e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como profeta no seu lugar (cfr. 1 Re 19:15-18).

Um outro exemplo é o daquele velho profeta de Betel que com uma mentira tinha feito voltar para trás um homem de Deus (fazendo-o desobedecer a Deus) e que enquanto se encontrava a comer à mesa com este último, Deus lhe falou e lhe preanunciou o seu juízo contra o homem de Deus que tinha voltado para trás (cfr. 1 Re 13:20-22).

Esta manifestação esteve muito presente na vida de Moisés a quem muitas vezes Deus dirigiu a sua palavra, como um homem fala a um outro homem. Estêvão disse que Moisés "recebeu revelações vivas para no-las dar" (Actos 7:38).

O evangelista Filipe teve uma revelação enquanto se encontrava sobre o caminho que leva de Jerusalém a Gaza; quando viu o eunuco no seu carro, nesse momento o Espírito lhe disse: "Chega-te e ajunta-te a esse carro" (Actos 8:29).

O apóstolo Pedro teve uma revelação após ter tido aquela visão em êxtase em Jope, em que viu um grande lençol descer do céu em que havia quadrúpedes, répteis da terra, e aves do céu, de toda a espécie, e ouviu uma voz ordenar-lhe que matasse e comesse, e à sua recusa a voz lhe disse para não fazer imundas as coisas que Deus tinha purificado. De facto, enquanto estava a pensar na visão, dado que tinham chegado junto da casa onde ele se encontrava homens enviados por Cornélio (os quais tinham perguntado se Simão sobrenomeado Pedro estava ali hospedado), o Espírito lhe disse: "Eis que três homens te procuram. Levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque eu tos enviei" (Actos 10:19-20).

Em Antioquia, enquanto Barnabé, Simeão chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo "celebravam o culto do Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Actos 13:2).

Paulo diz aos Gálatas: "Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo a Tito. E subi devido a uma revelação, e lhes expus o Evangelho que prego entre os Gentios, mas em particular aos que eram mais estimados, para que de algum modo não estivesse correndo ou não tivesse corrido em vão" (Gal. 2:1-2).

 

A palavra de sabedoria, a palavra de ciência, e o discernimento dos espíritos 

 

Quando se fala de sonhos, visões, e revelações, é necessário também falar destes três dons do Espírito Santo que são os dons de revelação (cfr. 1 Cor. 12:8,10). Isto porquê? Porque estes dons se manifestam com sonhos, visões e também com uma voz ouvida.

A palavra de sabedoria consiste na revelação de um facto que deve acontecer (o nascimento ou a morte de alguém, o matrimónio de alguém, uma fome, etc.), ou numa ordem dada por Deus a alguém (ir a um certo lugar, fazer uma particular coisa, etc.).

A palavra de ciência consiste na revelação de um facto já acontecido (uma mentira dita por alguém, um furto praticado por alguém, etc.).

E o discernimento dos espíritos na revelação da presença de espíritos malignos em alguém ou à volta de alguém ou num certo lugar.

Quando, pois, o Senhor num sonho ou numa visão ou com uma voz audível prediz um acontecimento particular, nos encontramos perante a revelação de uma palavra de sabedoria. Quando o Senhor revela ainda num sonho ou numa visão ou com uma voz audível algo já acontecido, temos a revelação de uma palavra de ciência. E quando o Senhor faz ver em sonho ou em visão espíritos malignos realizar alguma obra iníqua ou prontos a realizá-la, nos encontramos perante o discernimento dos espíritos.

 

A utilidade dos sonhos, das visões e das revelações  

 

Deus dá ainda hoje sonhos, visões e revelações, isto é confirmado pela Escritura que diz que nos últimos dias "os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões" (Joel 2:28), e pela que diz aos santos: "Falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro" (1 Cor. 14:29-30). Aliás, se Deus diz que Ele não muda (cfr. Mal. 3:6) não pode ser de outra forma.

Ora, se em relação aos sonhos, às visões e às revelações escritas na Bíblia que tiveram os antigos e por mim citadas anteriormente, vos fizesse a seguinte pergunta a vós crentes: 'Foram úteis esses sonhos, essas visões e essas revelações, para aqueles a quem Deus os deu?', estou seguro que a resposta seria: 'Certamente!' Bom, então, eu prossigo, se foram úteis naquele tempo para os antigos, certamente os sonhos, as visões, e as revelações de Deus serão úteis também hoje para quem são dados segundo o beneplácito da vontade de Deus. Não vos parece lógico? Seria de facto absurdo dizer que essas manifestações provenientes de Deus foram úteis somente naquele tempo e para certas pessoas, mas hoje já não podem ser úteis para nós.

Mas reflecti um pouco nestas coisas, ponhamos o caso de um crente cometer encobertamente um furto ou um outro pecado e Deus revelar a um outro crente a coisa encoberta e este o admoestar fraternamente a arrepender-se; não pensais vós que o crente que praticou o delito terá de reconhecer que Deus é um Deus que sabe tudo e que dele não se pode escarnecer e será levado a arrepender-se diante de Deus e a confessar o seu delito? E ponhamos o caso de pais perderem o seu filho e, após terem feito todos os possíveis sem encontrá-lo, um dia Deus revelar onde o pequeno se encontra? Não pensais vós que eles ficarão contentes e terão motivo para louvar grandemente a Deus? E ponhamos ainda o caso de uma mulher que não pode ter filhos, e após trinta anos de matrimónio, Deus lhe revelar que ficará grávida e dará à luz um varão; não pensais vós que Deus será glorificado por meio desta revelação? Quem diria que essa mulher daria à luz? Só um Deus que conhece tudo e que pode tudo podia preanunciar uma semelhante coisa. E se Deus revelar que um certo crente foi por ele chamado para ser um apóstolo, ou um profeta, ou um evangelista, ou um pastor ou um doutor? Não pensais vós que a esse crente bem lhe irá disso e será levado a glorificar Deus? E se Deus revelar a um crente que dentro de pouco tempo haverá uma fome quando não há sinais que uma coisa do género possa suceder naquela nação, não pensais vós que Deus será glorificado através dela? E quem poderia predizer uma semelhante coisa além de Deus? E a mesma coisa deve ser dita da predição de uma guerra.

Poderia prosseguir dando muitos outros exemplos, mas espero que vós tenhais percebido que toda a palavra de ciência e toda a palavra de sabedoria são úteis e mediante elas Deus é exaltado e temido. Mas não é porventura verdade que nós lendo as revelações escritas na Bíblia e que dizem respeito a um delito operado encobertamente por alguém que Deus revelou a um seu servo, ou que dizem respeito à predição de uma fome, de uma guerra, de um juízo particular de Deus, do nascimento de uma criança, da chamada ao ministério de alguém, somos levados a exaltar Deus e a temê-lo? Não é porventura verdade que essas revelações exaltam e mostram a ciência, a sabedoria, o poder e a grandeza de Deus?

Portanto, é justo e por isso normal que um crente deseje ter sonhos, visões celestiais e revelações divinas, porque estas coisas não podem senão ser úteis para ele e para os outros. Ao invés, não é justo e nem é normal que um filho de Deus não deseje minimamente ter um sonho, uma visão ou uma revelação. Direi mais, é muito preocupante que não exista este desejo num crente, porque, como disse antes, uma vez que os dons de palavra de sabedoria, de palavra de ciência, e o discernimento dos espíritos são dons espirituais que se manifestam desta maneira, isso significaria que ele não deseja estes dons espirituais como Paulo ordena fazer conforme está escrito: "Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja" (1 Cor. 14:12), e também: "Mas desejai ardentemente os maiores dons" (1 Cor. 12:31), e ainda: "Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar" (1 Cor. 14:1).

Mas eu digo: 'Se também estes dons são distribuídos pelo Espírito Santo para o proveito comum, como se pode não desejá-los?'

 

Algumas palavras de advertimento  

 

Como no mundo acontece que certas coisas de valor são falsificadas por gente sem escrúpulos para podê-las vender ao preço das verdadeiras e assim enriquecer de maneira desonesta; como acontece no mundo que gente desonesta falsifica as notas de dinheiro verdadeiras para poder enriquecer de maneira desonesta; e obviamente todos aqueles que aceitam o seu artigo falsificado ou as suas notas de dinheiro falsificadas, são enganados porque ficam com coisas que não são autênticas nas mãos; digo, como acontece no mundo tudo isto, assim acontece no mundo que o diabo que é mentiroso e pai da mentira, falsifica também ele tanto os sonhos, como as visões, como as revelações, isto é, produz revelações suas para fazê-las aceitar como verdadeiras e assim enganar as pessoas que crêem nelas, sim porque qualquer sonho ou visão ou revelação que procede do diabo engana e não é de nenhuma utilidade. O ladrão, disse Jesus, não vem senão para roubar, matar e destruir (cfr. João 10:10), e como o ladrão é o diabo, certamente ele não pode procurar o bem de ninguém com estas suas mistificações. No mundo abundam as mistificações feitas por Satanás, as religiões orientais estão cheias, a religião católica romana está cheia destas mistificações, como também o Mormonismo, o Judaísmo, etc.

Mas as mistificações existem também no meio do povo de Deus, nada de novo debaixo do sol para usar uma expressão bíblica, também no tempo de Jeremias haviam falsos profetas que extraviavam o povo de Israel profetizando sonhos falsos, dizendo ter visto coisas que não tinham visto, e de ter ouvido palavras de Deus que este nunca tinha pronunciado (cfr. Jer. 23:9-40). Mas nem por isso, naquele tempo todos os profetas que diziam que Deus lhes tinha falado, mentiam, porque existiam profetas fiéis a Deus, como Jeremias por exemplo, que referiam só aquilo que ouviam ou viam verdadeiramente. Digo isto para fazer perceber que o facto de existir quem invente sonhos, visões e revelações, não significa que não existam aqueles que verdadeiramente tiveram um sonho, uma visão ou uma revelação da parte de Deus. Seria como dizer na verdade, se assim fosse, que hoje só existem mentirosos, que já não existem homens que dizem a verdade ao seu próximo; seria como dizer que todos aqueles que dizem ter tido um sonho ou uma visão ou uma revelação da parte de Deus, mentem contra a verdade, estão inchados de vaidade, são mentirosos. Pode-se dizer uma semelhante coisa? Absolutamente não, como não se podia dizer nos dias dos antigos profetas e dos apóstolos, dias em que vos recordo o diabo também então seduzia, também então mistificava, também então procurava o mal das pessoas. Porventura alguém quer sustentar que o diabo nos dias dos profetas, ou dos apóstolos, agia de maneira diferente de agora não mistificando nada do que Deus fazia? Ou porventura  alguém quer sustentar que o diabo naqueles dias era um amigo dos santos e não um seu inimigo? Não creio. Portanto, se também naqueles dias, embora o diabo seduzisse como sempre fez desde o dia em que seduziu Eva com a sua astúcia, haviam aqueles a quem Deus falava verdadeiramente, a quem Deus dava sonhos, visões, e revelações, a mesma coisa tem de ocorrer hoje muito tempo depois.

Mas vejamos agora como poder discernir os falsos sonhos, as falsas visões e as falsas revelações, porque é preciso que nos guardemos destas mistificações.

Em primeiro lugar, falemos daqueles sonhos, daquelas visões, e daquelas revelações, que são predições de eventos futuros. Quando uma predição não se cumprir, não foi feita pelo Espírito, foi feita por presunção. Não importa como foi dada, se não se cumprir é falsa. O Senhor disse ao povo de Israel: "E, se disseres no teu coração: Como reconheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás" (Deut. 18:21-22). Em particular queria pôr-vos de sobreaviso contra todas aquelas revelações acerca da vinda do Senhor, que pontualmente aparecem, e que pretendem estabelecer tempos e momentos da sua vinda. Rejeitai-as, são imposturas.

Falemos agora daqueles sonhos, daquelas visões e daquelas revelações que pretendem consolar e encorajar. Se com elas quem as profere encoraja os pecadores, os rebeldes, os iníquos e os mentirosos, a fazer o mal e a não converter-se do seu mau caminho e seguir a justiça e a verdade, esse sonho ou essa visão deve ser rejeitada porque Deus com a sua palavra não fortalece as mãos dos pecadores para que pratiquem o mal (cfr. Jer. 23:16-22). Ele repreende e censura os rebeldes, e não os lisonjeia de modo algum. O Senhor através de Ezequiel disse aos iníquos: "Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos! Pois, por que morrereis, ó casa de Israel?" (Ez. 33:11), e não: 'Paz tereis, não virá mal sobre vós!', como pretendiam fazer dizer a Deus os falsos profetas (cfr. Jer. 23:17).

Agora passemos àqueles sonhos, àquelas visões, e àquelas revelações, que pretendem desvendar um segredo. É evidente que se alguém vem ter comigo e me diz: 'Irmão, Deus me mostrou em visão que tu roubaste dez milhões a Fulano, arrepende-te pois deste teu delito!' quando eu a Fulano nem sequer o conheço, eu não tenho dificuldade em discernir que essa revelação é falsa. Portanto, todo aquele que 'revele' uma mentira, não deve ser ouvido. O nosso Deus não pode mentir, pelo que não pode revelar mentiras (cfr. Tito 1:2). Na Escritura todas as vezes que Deus revelou um delito de alguém a coisa era verdadeira, por exemplo quando Eliseu censurou da parte de Deus o seu servo Geazi por ter aceite dons de Naamã disse a verdade (cfr. 2 Re 5:20-27); e assim também quando Pedro repreendeu Ananias e Safira por ter mentido ao Espírito Santo disse uma coisa verdadeiramente acontecida (cfr. Actos 5:1-11).

Tratemos agora todos aqueles sonhos, aquelas visões e aquelas revelações que pretendem acrescentar algo à Palavra de Deus, no sentido que dizem que para ser salvo é preciso crer algo mais além do que está escrito na Bíblia, porque esta última não está completa. São mentiras geradas pelo diabo, a Sagrada Escritura na verdade contém tudo o que se deve crer para ser salvo. A salvação obtém-se somente por fé em Jesus Cristo pela graça de Deus. Não existe nenhum outro profeta em que é preciso crer para ser salvo, em que se deve crer além de em Jesus se se quiser escapar à ira vindoura. Jesus Cristo nos livra da ira vindoura, quem crê nele e segue as suas pisadas até ao fim, será salvo. Quando o carcereiro perguntou a Paulo e Silas o que devia fazer para ser salvo foi-lhe respondido com franqueza: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa" (Actos 16:31), ainda hoje a mesma pergunta tem a mesma resposta. A resposta a dar não mudou. Cuidai de vós mesmos. Se, pois, alguém vem dizer-vos que Deus revelou a Fulano ou a Sicrano a  'plenitude do evangelho' que não está escrita na Bíblia admoestai-o e guardai-vos dele, é um enganador, um falador vão, um falso profeta.

Por fim vejamos aqueles sonhos, aquelas visões e aquelas revelações que dizem que certos preceitos não se devem mais observar porque estão ultrapassados, ou que outros que foram abolidos devem ser observados. Darei exemplos explicativos. Se um crente vem ter convosco e vos diz que Deus lhe revelou que a mulher pode ser pastor, ele vos quer enganar porque a Escritura não permite à mulher ensinar e portanto ocupar este ofício (cfr. 1 Tim. 2:11-12); como vos quer enganar também quem vos diz que Deus lhe disse que a mulher quando ora ou profetiza não deve mais pôr o véu, e isto porque a mulher transgredindo esta ordem desonra o homem (cfr. 1 Cor. 11:5): vos quer enganar quem vos diz que Deus lhe disse que uma divorciada se pode recasar, e isto porque só a morte dissolve o vínculo matrimonial (cfr. 1 Cor. 7:39); quem vos diz que Deus lhe disse que se pode fornicar, e isto porque está escrito para fugir da fornicação (cfr. 1 Cor. 6:18); e quem vos diz que se podem comer o sangue, as carnes sacrificadas aos ídolos, e as coisas sufocadas, e isto porque estas são coisas de que nos devemos abster para o nosso bem (cfr. Actos 15:28-29). E vos quer enganar também quem vos vem dizer que Deus lhe revelou que devemos observar o sábado, e isto porque o sábado é uma sombra do que devia vir (cfr. Col. 2:16-17); quem vos diz que Deus lhe revelou que não devemos comer carne de porco e isto porque Jesus tornou puros todos os alimentos (cfr. Mar. 7:19); quem vos diz que o matrimónio deve ser evitado porque é danoso e isto porque a Escritura diz que para evitar as fornicações cada homem deve ter a sua mulher, e cada mulher o seu marido (cfr. 1 Cor. 7:2). E poderia prosseguir dando muitos outros exemplos.

Dizendo isto reiteramos que a Escritura não pode ser anulada por nenhum sonho, por nenhuma visão e por nenhuma revelação e que permanece sempre a autoridade final em matéria de doutrina e de conduta. A ela é preciso fazer sempre referência, ela deve ser sempre examinada para ver se as coisas que são ditas correspondem à verdade.

Portanto de todos estes sonhos, visões, e revelações, é preciso que nos guardemos, não se deve assimilá-los, mas é preciso confutá-los com vigor.

Uma outra coisa que faço questão de dizer-vos é que vos guardeis de todos aqueles crentes que só sabem falar-vos dos falsos sonhos, das falsas visões e das falsas revelações, e nunca vos falam dos sonhos verdadeiros, das visões verdadeiras e das revelações verdadeiras. Isto eles o fazem, e isto o percebereis bem rápido, para desencorajar-vos de buscar os sonhos verdadeiros, as visões verdadeiras e as revelações verdadeiras. Estou de acordo em dizer e em reconhecer que há mistificações neste campo, como podeis ver eu ponho de sobreaviso contra coisas falsas. Sei perfeitamente que estas coisas existem, mas se existem as coisas falsas existem forçosamente as verdadeiras que mal não podem fazer, e por isso estas últimas devem ser procuradas, de outra forma fazemos o jogo do diabo que quer precisamente isto: manter os crentes longe das coisas verdadeiras que vêm de Deus. Atenção, pois, às astúcias do inimigo das vossas almas.

 

A guia de Deus

 

Por fim quero dizer-vos que nós filhos de Deus para compreender a vontade de Deus para connosco não devemos esperar sempre um sonho ou uma visão ou uma revelação porque Deus não decretou guiar-nos exclusivamente desta maneira. Certamente em alguns casos Deus nos revelará certas coisas desta maneira, mas em muitos, ou melhor, em muitíssimos outros casos ele nos guiará mediante a Sagrada Escritura que é uma luz para o nosso caminho e uma lâmpada para os nossos pés. Aquilo que a Palavra de Deus nos ordena o devemos fazer sem discutir e sem pedir uma particular revelação. Por exemplo, se virmos um irmão em necessidade e temos com que ajudá-lo nós devemos ajudá-lo, não precisamos nem de um sonho nem de uma visão para fazê-lo, porque isto no-lo ordena já o Senhor que façamos. Um outro exemplo, se um jovem crente quiser casar, ele não precisa de um sonho ou de uma visão para saber se um crente pode casar com uma rapariga incrédula, porque a sagrada Escritura já diz que isso não se deve fazer. E poderia dar muitíssimos outros exemplos do género.

Deus nos guia mediante o Espírito Santo que está em nós, isto é, induzindo-nos a fazer algo ou impedindo-nos de fazer algo mediante claros impulsos ou freios procedentes do Espírito de Deus; digo claros porque podem-se sentir no nosso íntimo de maneira clara, sempre obviamente que se conduza uma vida pia, justa e santa diante de Deus, porque doutra forma perde-se a sensibilidade espiritual em discernir a guia do Espírito. Esta guia do Espírito obviamente confirma plenamente aquilo que ensina a Escritura e não vai contra ela, mas sobretudo está em harmonia com a vontade de Deus para connosco. Um exemplo bíblico desta guia é aquele que respeita a Paulo e aos seus companheiros durante a sua segunda viagem missionária conforme está escrito: "E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu" (Actos 16:6-7).

Uma outra maneira em que Deus nos guia é mediante as circunstâncias que ele cria e muda a seu agrado na nossa vida. Neste caso vimo-nos a encontrar em certas situações e lugares por decreto de Deus, independentemente da nossa vontade. Por vezes, porém, não nos apercebemos logo que essas particulares circunstâncias que se vieram a criar foram ordenadas por Deus para o nosso bem e para guiar-nos numa certa direcção por ele querida ou num lugar por ele querido, uma coisa em todo o caso é certa, mais cedo ou mais tarde o entenderemos de maneira muito clara. Lembrai-vos daquilo que Jesus disse a Pedro: "O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás" (João 13:7), porque estas palavras são dirigidas a cada um de nós quando não compreendemos inicialmente um certo facto que nos aconteceu e que parece sem sentido, catastrófico e tudo o mais. Um exemplo evidente desta guia é o de José que após ter sido odiado pelos seus irmãos, foi por eles vendido como escravo, levado para o Egipto, depois lá posto injustamente na prisão mas feito sair por Faraó e feito governador do Egipto; tudo isto lhe aconteceu para fazer ir ao Egipto Jacó e a sua parentela e mantê-los vivos durante a fome, e fazer morar Israel no Egipto (cfr. Gen. cap. 37-50). Um outro exemplo é o de Saul que Deus enviou ao profeta Samuel usando-se das jumentas de seu pai fazendo-as dispersar e do servo de Saul que lhe aconselhou ir consultar o profeta Samuel para saber onde estavam as jumentas (cfr. 1 Sam. 9:1-24).

 

Algumas palavras de encorajamento  

 

Irmão, quem quer que tu sejas, sabe que Deus é um Deus grande para quem não há nada de demasiado difícil, é um Deus que ainda hoje revela os segredos, é um Deus que ainda hoje prediz eventos futuros. Talvez o teu pastor te disse que Deus não age mais assim, te disse uma mentira porque se assim fosse isso significaria que Deus mudou o que não pode ser verdade porque ele disse que não muda (cfr. Mal. 3:6). O teu pastor não conhece as Escrituras nem o poder de Deus, ele erra grandemente.

Pela minha parte, quero encorajar-te a buscar a face do Senhor, Ele está pronto para falar-te caso necessites receber dele uma particular palavra que ninguém te pode dar.

Tem plena confiança na promessa de Deus que diz: "Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e impenetráveis, que não sabes" (Jer. 33:3); quem a fez é o Fiel, o Verdadeiro, Aquele que não pode mentir. Leva-o a sério, jamais te desiludirá. Não te estou a dizer para pedir a Deus um sonho ou uma visão para todas as coisas que tu tens que fazer, porque nós crentes somos chamados a andar por fé e não por vista (cfr. 2 Cor. 5:7), mas somente que se necessitares de uma revelação particular numa particular circunstância da tua vida sabe que Deus está pronto e é capaz de ta dar. Eu posso dizer-te que o Senhor quando tive necessidade de uma revelação, na sua fidelidade e bondade ma deu. E como Deus não faz acepção de pessoas, posso dizer-te que a dará também a ti se te aproximares d`Ele com sinceridade, com um coração puro, e com fé.

Que o Senhor te fortaleça, te ajude, te proteja e te dê aquilo que o teu coração deseja.